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Início : Literatura : O Sétimo Mundo do Buddhismo Chan
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Kannon (Guan Yin)

Ação Correta

4. Furto. Esta categoria inclui fraudes, enganações, convertendo para nosso próprio uso bens e serviços aos quais nós não temos direito e outros atos similares.

A classe das pessoas que violam este preceito não é restrita a ladrões, assaltantes e a arrecadadores de fundos religiosos.

Na religião nós encontramos frequentemente comerciantes e profissionais que seguem o código que diz que "o fim justifica os meios". Eles enganam, ou de outras maneiras abusam financeiramente seus funcionários, fregueses, pacientes e clientes e então doam uma parte do lucro dessas transações a um templo. Racionalizando suas ações eles acreditam que se não tivessem ganhado nas malandragens, eles não poderiam ter feito as doações. Nós não podemos cultivar aparência de filantropo para ocultar a pura ganância egoísta. Não é permitido a nós receber aquilo que não seja honestamente e razoavelmente dado ou ganho.

As vezes num espasmo de entusiasmo religioso nós doamos dinheiro de que precisamos para manutenção da família, e dessa maneira colocamos o peso da nossa generosidade em nossos dependentes. Para que nós tomemos nossa posição orgulhosamente entre os justos, nós impomos nosso voto de pobreza ou nossas alegações de generosidade sobre membros da família que não participam nas recompensas espirituais de nossas decisões. Isto constitui uma forma de roubo, especialmente porque o que nós normalmente roubamos mais de nossa família é seu respeito para o Budismo. Inevitavelmente, eles se ressentem de nossa religião e afastam-se dela. E quem pode culpá-los?

Um homem de quarenta anos que procura simplicidade não é livre para desviar o orçamento da roupa da família para a caridade, forçando sua esposa e filhos a usarem roupas velhas mas ainda usáveis. Para todos os adolescentes e muitas esposas, é mais importante que um casaco seja da última moda do que seja quente.

5. Não Intoxicação. Com exeção de uma festa ocasional, nenhum uso de intoxicantes e outras substâncias que alteram a mente é permitido. E com festa ou sem festa, isto significa que não se pode beber e dirigir. Isto também significa não ficar a toa se drogando porque há um quorum de pessoas que passa por uma festa e não há nada mais para um grupo de pessoas desocupadas fazer. Nada de dependência de comprimidos para conseguir dormir à noite, tranquilizantes, nicotina ou outros estimulantes para nos ajudar a passar o dia. A salvação nos libera da dependência química e a qualquer pessoa que tem algum problema de dependência, aconselha-se que trabalhe para sua salvação.

Estes são os Cinco Preceitos. Além de observá-los, nós devermos agir de modo consistente com os objetivos da maturidade espiritual. Não basta se preocupar com os obstáculos que nós encontramos no Caminho. Nós não devemos criar obstáculos para os outros. Com isto, agimos elevando nosso senso de responsabilidade pessoal.

Nós não nos servimos das posses dos outros, dizendo a nós mesmos que o dono não vai se importar ou que o proprietário, em uma transação anterior não resolvida, perdeu alguns dos seus direitos de posse. ("Ele pegou meu Big Mac, por isso eu tenho direito à sua Pepsi.")

Nós não retiramos coisas dos seus lugares para depois deixá-las para outros guardá-las. Nós não comemos e deixamos a sujeira para outros limparem.

Se nós pegamos algo emprestado, nós o devolvemos sem danificar. Se nós temos uma dívida, pagamos o valor total. Se nós pensamos que fomos enganados em um negócio, nós deixamos a justiça ou nosso mestre julgar o assunto. Nós não nos recusamos simplesmente a pagar e deixamos por isso mesmo.

Se nós marcamos um compromisso, nós o mantemos. Se nós fazemos uma promessa, nós a cumprimos. E nós mantemos nossos compromissos e promessas pontualmente; e apesar da inconveniência e de cumprir nossa palavra, nós não reclamamos.

Nós damos crédito aos outros para suas contribuições à comunidade, mas só porque não queremos criar ciúmes, guardamos para nós mesmos nossas contribuições.

Nós não fofocamos sobre pessoas mas nós testemunhamos quando for necessário.

Uma pessoa madura não cria raiva, luxúria ou qualquer emoção negativa nos corações daqueles ao seu redor. A ação correta exige que em tudo que façamos, levemos em consideração os efeitos das nossas ações sobre os outros.

Há uma aproximação prática para a ética que nós não devemos descuidar. Frequentemente pessoas pensam em por que é que, levando em consideração o carma e a necessidade de não ficar julgando, devemos nos preocupar em nos comportar. Às vezes a resposta simples é que ninguém sabe quando o relâmpago da Iluminação nos atingirá ou quando o impulso de mudar, de achar soluções espirituais a vida, será sentido. Se nossa hora para A Iluminação é marcada para quinta-feira, então, se nós estamos mantendo as observando de moralidade sexual, nós não levamos um tiro por um cônjuge zangado na quarta-feira à noite. Ou se nós somos destinados de ser possuídos pela vontade de nos reformarmos na terça-feira, então, se nós estamos seguindo a regra de não intoxicação, nós não caímos em um precipício com nosso carro, totalmente chumbados, na segunda-feira à noite.

Enfim, os moralmente imprudentes normalmente não sobrevivem tempo suficiente para atingir a Iluminação.

O Sétimo Mundo do Buddhismo Chan
Capítulo 14: Ação Correta, Página 3 de 3
 

 
ltima modificao: October 14, 2013
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