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A Respiração Curadora 1:4:2
Mas a respiração deve ser controlada. Por alguma razão misteriosa, a privação de oxigênio é frequentemente associada a uma experiência de êxtase. Muitos casos de "quase" morte, ou asfixia erótica, e assim por diante, envolvem a redução do oxigênio no cérebro. É uma prática Yogue cortar a membrana sob a língua e então rotineiramente puxar a língua para alongá-la, para que possa ser inserida na garganta. Mas não são práticas Zen-Buddhistas amarrar cordas no pescoço ou alongar a língua. Zen-Buddhistas regulam a respiração, fazendo que fique mais e mais sutil, diminuindo-a gradualmente; mas sempre, o meditador permanece no controle. Novamente, a meditação requer que o ego seja deixado para trás. Infelizmente, não há nada no mundo que um ego goste menos que ser deixado para trás. Consequentemente, sempre que uma pessoa tenta seguir instruções e não é recompensada com suceso instantâneo, ou quando a execução de seu programa se torna tediosa ou inconveniente e ela poderia estar em qualquer outro lugar que não a almofada de meditação, seu ego criará uma intrusão analítica na prática. Ele forma opiniões sobre as instruções dadas. Questiona a necessidade de aderir tão rigidamente às regras. Não pode ver que diferença faria se alterasse alguns pontos ou requisitos. Que mal poderiam pequenas variações fazer? Isto, pensa, é meditação... Não cirurgia cerebral... Amigos ou instruções de outros livros completarão a destruição. Lhe assegurarão que há técnicas superiores àquela que está usando. Testemunhos serão oferecidos sore a eficácia de cada prática exceto, é claro, aquela que foi dada especificamente para ele. Questões sobre ortodoxia são levantadas. Seria o que ele está fazendo uma prática autêntica ou legal do Ch'an ou Zen? O Mestre Fulano de Tal do Templo Tal dá uma prática totalmente diferente aos seus novos discípulos... E o Mestre Fulano de Tal deve saber o que é melhor. E assim vai. O iniciante é assaltado com todos os tipos de conselho de pessoas cujo mais alto estado de consciência foi experimentado na cadeira de um dentista. O iniciante, ávido por sucesso, sabe que não chegou a qualquer lugar nos primeiros vinte minutos que dedicou à prática e assim ele está propício a mudanças. A prática dada a ele, sendo debilitada pela ignorância e dúvida, colapsa. Todas as outras práticas vão falhar do mesmo modo, a falha estando no indivíduo e não nas técnicas. Poderíamos ter dado como prática inicial de meditação qualquer uma de uma dúzia de diferentes exercícios. Todos seriam igualmente bons. Mas começaremos com a Respiração Curadora 1:4:2. Este é o exercício que foi dado e este é o que deve ser dominado. Independente de quão difícil pareça deve ser o único objetivo. Não pode haver ecleticismo. Não tomamos parte de um exercício e o colamos em parte de outro para formar um terceiro, aceitável. Nem trabalhamos simultaneamente em outra prática. E certamente não nos contentamos com sucesso parcial. A prática deve ser realizada precisamente, completamente, e exclusivamente. A técnica deve ser dominada, ou seja, feita com perfeição. E nenhum outro exercício de meditação deve ser tentado antes que este seja feito com absoluta perfeição. Todas as instruções no Buddhismo são lições de humildade. é o ego que nos põe em dificuldade e é o ego que nos mantém lá. Não podemos nos dizer discípulos se não conseguirmos demonstrar nem o menor sinal de disciplina. Como este exercício envolve o controle da respiração, uma pessoa deve ser cuidadosa ao seguir as instruções. Um médico deve sempre ser consultado antes de iniciar qualquer prática de yoga ou meditação. Para pessoas que tendem a hiperventilar ou com problemas respiratórios, estes exercícios podem causar danos. Mesmo pessoas normais e saudáveis podem às vezes sentir tontura ou desmaiar. Ao menor sinal de tais problemas, o exercício deve ser descontinuado e só se deve voltar a ele vagarosamente, com muito cuidado, e com a aprovação de um médico.
O Sétimo Mundo do Buddhismo Chan
Capítulo 10: Prática, Página 2 de 4 |
ltima modificao:
October 14, 2013
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